quinta-feira, 6 de junho de 2013

O que é BIG DATA?

Big Data é o conjunto de soluções tecnológicas capaz de lidar com dados digitais em volume, variedade e velocidade inéditos até hoje. Na prática, a tecnologia permite analisar qualquer tipo de informação digital em tempo real, sendo fundamental para a tomada de decisões



Um fenômeno chamado big data

A possibilidade de analisar um volume inédito de dados digitais — chamado de big data — é, para as empresas, uma revolução comparável à popularização da internet.

São Paulo - Dois anos atrás, a Map­link, empresa brasileira especializada em digitalização de mapas, colocou em xeque a credibilidade dos anúncios da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) da cidade de São Paulo. A MapLink começou a calcular o volume de trânsito na capital paulista, tarefa então exclusiva da estatal.
Nas primeiras horas de um feriadão, ao mesmo tempo que a CET divulgava os 200 quilômetros habituais de ruas congestionadas, as rádios que usavam o serviço da MapLink informavam 420 quilômetros. Alguém estava errando a conta, e não foi difícil descobrir quem era.
Enquanto a CET utiliza câmeras espalhadas pelas principais vias da cidade e o “olhômetro” de seus fiscais de trânsito para calcular o índice de congestionamento nos horários de pico, o software da MapLink, usado por empresas de rastreamento por satélite, cruza, em tempo real, as informações enviadas por cerca de 400 000 veículos espalhados pela cidade.
Se eles estão parados, há congestionamento. Andando em velocidade baixa, trânsito. Se a velocidade for plena, a pista está livre. A precisão é tanta que hoje, além dos mapas, a Map-Link vende informações sobre o trânsito para companhias de logística decidirem os melhores horários e rotas para suas entregas.  
Esse é um dos muitos exemplos de uso do que se convencionou chamar de big data, ou “grandes informações”, numa tradução livre. Nos últimos anos, os especialistas em TI viram a emergência de dois novos fenômenos. A produção de informações continuou aumentando a uma velocidade espantosa — taxa de 50% de crescimento ao ano —, mas, ao contrário do que acontecia no passado, não se tratava de mais do mesmo.
Os dados mudaram. Não são somente textos e números dos 640 milhões de sites. Passaram a ser informações vindas dos sensores de localização em veículos (como os usados pela MapLink), dos GPSs e das antenas dos 6 bilhões de celulares em uso no mundo e dos 2,7 bilhões de comentários feitos no Facebook diariamente.
Essa mudança veio acompanhada de outra igualmente importante. Os computadores, graças a novas tecnologias, como a inteligência artificial, aumentaram a capacidade de entender as informações — e é essa nova conjunção de fatores que está transformando companhias de setores totalmente distintos, do varejo ao de petróleo e gás.